quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A dupla Fo-Fo põe Porto Alegre à venda



Os portoalegrenses mais críticos e conscientes já perceberam que desde que o ex-prefeito Fogaça assumiu a prefeitura, a qualidade de vida na Cidade vem decaíndo rapidamente. Os serviços públicos estão piorando cada vez mais com o claro propósito de encaminhá-los para a iniciativa privada. O DMLU é um exemplo. Lixo acumulado nas ruas, falta de capina, serviços anteriormente gratuitos sendo cobrados, terceirização gradativa... Sem falar no que acontece nos "porões" desses serviços e que não ficamos sabendo. A água da Zona Sul de Porto Alegre é um fiasco. Já postei neste blog imagens da cor da água que saía da minha torneira... Seguidamente tiro roupas amarelas da máquina de lavar que anteriormente eram brancas. A Carris, empresa administrada pela Prefeitura e que era um modelo de transporte coletivo para o país ao que parece virou colecionadora de sucata ou ferro velho pois vai na contramão daquilo que se entende por modernização do serviço de transporte público. Na troca de ônibus que presenciei, onde tiravam de circulação ônibus antigos e compravam "novos", entraram os modelos que se pretendia retirar: sem ar condicionado e com motor dianteiro, o que exige aquelas escadas apertadas que os idosos, grávidas e portadores de deficiência física tem grande dificuldade para subir. Obviamente aqueles que compram os ônibus não presisam usufruir deles! São os mesmos que se irritam pelo fato dos pobres estarem comprando carros, dificultando sua agilidade no trânsito. Sobre este assunto, já viu este vídeo?

Buenas, para terminar o assunto, vou incluir mais um item na lista dos serviços que a prefeitura parece fazer questão de precarizar e empurrar para a iniciativa privada: a saúde. Este texto recebi por e-mail do Sindicato dos Municipários de Poa e fala sobre a aprovação do Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família, nome bonitinho para terceirização!
Hasta!

SEM DIÁLOGO

Prefeito desrespeita servidores e amplia privatização da Saúde

A aprovação do projeto que cria o Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família (IMESF), com o voto dos 26 vereadores da bancada do governo, na madrugada do dia 15 de fevereiro, na Câmara de Porto Alegre, demonstra o verdadeiro perfil da gestão do prefeito Fortunati, que usa a situação de maioria na Câmara para seguir o compromisso político de ampliar as terceirizações e avançar na privatização da saúde.

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre repudia a postura autoritária do prefeito municipal, que desconsiderou a mobilização da sociedade e do Fórum de Entidades em Defesa do SUS, que pedia a abertura do debate sobre o projeto.

No curto período em que o tema ganhou destaque na imprensa, Fortunati propositadamente usou os servidores públicos como desculpa para os graves problemas de gestão que ocorrem no SUS sob responsabilidade do município. Fomos atacados sem que houvesse possibilidade de defesa, usados como bode expiatório.

Essa não é a primeira vez que o atual prefeito usa o servidor público para encobrir os problemas gerados por anos de corrupção, pela falta de manutenção do patrimônio público e por projetos falaciosos como o do IMESF, que só resultaram em despesas extras sem nenhum resultado efetivo. Logo no início dos seus dois anos e meio de gestão como prefeito, Fortunati colocou sobre o servidor público a culpa da morte de dois jovens ocorrida na Capital, como forma de encobrir o péssimo serviço prestado pelas empresas terceirizadas relacionadas aos setores de iluminação pública e saneamento.

À época, manifestamos a posição do Sindicato, pedindo a restauração da verdade e maior controle sobre o processo de terceirização. Nossa mobilização não foi escutada pelo prefeito, nem levada em consideração.

Seguindo o compromisso que orienta todas as ações do SIMPA, que é o de defender os servidores públicos municipais, lutando pela preservação das responsabilidades do setor público, pelo salário digno e por condições de trabalho, integramos a mobilização contra a criação do IMESF e a política de fundações para a transferência de obrigações públicas à iniciativa privada.

Nossa luta também representa os interesses da sociedade. O “estado mínimo” não atende ao cidadão. Apesar de todo o desrespeito com que somos tratados, é o servidor público que mantém a estrutura de serviços funcionando, mesmo com todo o sucateamento provocado pelos desmandos políticos.

A terceirização e a transferência de responsabilidades no setor público serve somente àqueles que almejam o poder, mas não gostam do trabalho inerente à função, que é administrar o setor público seguindo as normas legais conquistadas pelos cidadãos.



Vereadores que votaram A FAVOR do IMESF – TERCEIRIZAÇÃO DA SAÚDE

Alceu Brasinha

Bernardino Vendruscolo

Beto Moesch

DJ Cássia

Dr. Raul

Dr. Thiago Duarte

Elias Vidal

Elói Guimarães

Haroldo de Souza

Idenir Cecchin

João Antônio Dib

João Carlos Nedel

Luciano Marcantônio

Luiz Braz

Mario Fraga

Mário Manfro

Mauro Zacher

Nelcir Tessaro

Nilo Santos

Paulinho Rubem Berta

Professor Garcia

Reginaldo Pujol

Sebastião Melo

Tarciso Flecha Negra

Toni Proença

Waldir Canal



Vereadores que votaram CONTRA o IMESF – em defesa do SUS

Adeli Sell

Airton Ferronato

Aldacir Oliboni

Carlos Todeschini

Engenheiro Comassetto

Fernanda Melchiona

Maria Celeste

Mauro Pinheiro

Pedro Ruas

Sofia Cavedon