Trecho de artigo de Denis de Oliveira para a Revista Fórum:
Considero, porém, um certo apressamento considerar este fenômeno de votos de Marina como uma nova força política. Primeiro porque o Partido Verde não tem esta votação e isto é demonstrado pelo seu pífio desempenho nas eleições proporcionais e estaduais. Segundo que a origem político-ideológica de Marina, vinculada ao movimento social em defesa dos povos da Amazônia não se consubstanciou em uma força política, tanto é que ela foi derrotada no seu estado (ficou em terceiro lugar, atrás de Serra e Dilma) e teve o grosso da sua votação em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente em estratos médios. Terceiro, que parte da sua votação originou de uma campanha de cunho fundamentalista religioso que tirou alguns pontos percentuais de Dilma. E, quarto, que boa parte dos seus votos veio em forma de um protesto, um certo “cansaço” pela onda de denuncismo que a mídia imprimiu nesta campanha e a busca de algo novo na política (daí o grande número de jovens que votaram em Marina e o grande uso das redes sociais, Marina foi a preferida dos usuários das redes sociais). Assim, não há uma unidade mínima em termos de posicionamento político para considerar este fenômeno como uma nova força política .
Adiciono a esta análise o fato de que a abstenção, junto com votos brancos e nulos, somam mais do que os votos da Marina.
Buenas, mas a hora agora é de verificar erros, fortalecer acertos e partir para o debate franco! Vamos que vamos!
Hasta!
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