sexta-feira, 16 de abril de 2010

O que resta de Poa.

O que resta de Porto Alegre está tão mal acabado que os cidadãos estão morrendo nos espinhos da Cidade. O abandono, que já era evidente desde o primeiro mandato do prefeito José Fumaça, está agora fazendo vítimas. A Cidade está fazendo vítimas?
Eu venho aqui postando sobre a água da Zona Sul, que desde o comecinho do ano está amarela, suja mesmo, cheia de barro e quem sabe, também adoecendo as pessoas apenas para satisfazer as empreiteiras e construturas, sei lá... E a má (má chega a ser um eufemismo) gestão, que foi se enraizando pelas entranhas do serviço público, acabando com tudo aquilo que tinha sido conquistado ao longo dos anos, que tinha feito de Porto Alegre vitrine para o mundo, recebendo um monte de gente que queria (e quer) um mundo melhor agora mostra sua verdadeira face. Não adianta blindagem da mídia, não adianta sumir, se fantasiar de papai-noel nos finais de ano... não adianta!
A Cidade-vitrine, que acolhia gente de tudo que era lugar, agora virou a Cidade-monstro, que mata e envenena seus cidadãos silenciosamente, através de choques elétricos nas paradas, buracos nas ruas, água suja... e morrem também os próprios criadores desta criatura, em assaltos mal esclarecidos, pois mesmo que a gente jogue a sujeira pra baixo do tapete, uma hora ela escapa.
Essa foto aqui é do meu filtro, que eu troquei recentemente. Só pra vocês verem o que vai parar no nosso estômago. Ah, antes de tirara a foto, eu tinha passado uma água nele, só depois me toquei de fotografar:




Hoje o Marco Weissheimer postou no blog dele um texto sobre esse assunto, sempre bom (bom chega a ser um eufemismo) como ele faz que eu copiei aqui.
Então era isso.
Hasta!










Morte de motoqueiro expõe violento processo de terceirização no DMAE

Morreu mais um jovem em Porto Alegre, vítima da má qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Desta vez a vítima foi Leonardo da Silva Delgado, 19 anos, que perdeu o controle de sua moto ao passar por cima de um buraco mal tapado por uma empreiteira contratada pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE). A má qualidade do trabalho tampouco é uma fatalidade. O processo de terceirização no DMAE vem sendo aprofundado, com resultados bastante discutíveis.

O abastecimento por meio de carros-pipas, por exemplo, está parcialmente terceiriza. Consultorias vinculadas ao PGQP (Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade) são contratadas a todo momento para estudar e viabilizar processos de gestão supostamente mais eficientes. Os recapeamentos nas ruas estão sendo feitos por empreiteiras. E agora, até a fiscalização destas obras é feita, em boa parte, por funcionários terceirizados. Ou seja, terceirizados estão fiscalizando terceirizados. Com os resultados que estamos vendo…

E essa situação pode piorar ainda mais. Alguns dias antes de deixar a prefeitura (em 24 de março), José Fogaça encaminhou à Câmara Municipal um projeto de reestruturação da carreira dos funcionários do DMAE, que segue a tradicional cartilha do Banco Mundial sobre o tema: retira direitos, baixa níveis hierárquicos dos atuais nove para cinco e retira inúmeras Funções Gratificadas (FGs) menores, principalmente do pessoal de nível operacional. Na mensagem encaminhada à Câmara de Vereadores, Fogaça informa que o projeto foi elaborado a partir de “diagnóstico apresentado por empresa de consultoria tratada no âmbito do Programa de Desenvolvimento Municipal, que contou com aporte financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento”.

O projeto assinado por Fogaça fala dos funcionários como pessoas de comunicação confusa e de baixo rendimento funcional. As falhas grotescas envolvendo terceirizados indicam que os problemas não estão no âmbito do corpo funcional do DMAE, mas sim na tentativa de substituí-lo por empresas terceirizadas. O diretor do órgão, Flávio Presser (foto), admitiu que o serviço de recapeamento no local do acidente foi mal feito pela empresa contratada. E a fiscalização também, se é que ela existiu. Presser prometeu “todo o amparo” à família e indenizá-la, “se for necessário”. Se for necessário?

Um comentário:

  1. Bah maninha....até vou ver o meu filtro como está, pq depois q conversamos, cheguei em casa e fui encher o pote de agua do meu cachorro e estava marom, igual a do restinho q esta dentro do saquinho na tua fotografia! Lamentável! e água para comprar, sinceramente, é CARA!
    Bjs

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