terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A mídia golpista e o PNDH

Professor Fábio Wanderlei Reis para o Valor (retirado do Conversa Afiada):

"Já com respeito à questão da imprensa, ou dos meios de comunicação de massa em geral, apesar de prestar-se a muitas manipulações, é certamente possível visualizar uma posição equilibrada, e não é à toa que diferentes versões do PNDH, tanto do governo FHC quanto do governo Lula, convergem em apontar a necessidade de algum tipo de controle nesse campo. A incontestável importância, para a democracia, de uma esfera pública de comunicação desimpedida, em que a imprensa cumpre papel decisivo, não é razão para que se deixe de reconhecer o que há de negativo, e mesmo o importante ingrediente de autoritarismo, na contínua moldagem unanimista e “politicamente correta” da “opinião pública” pela imprensa – e na frequente transformação do valor da liberdade de imprensa em arrogante ideologia profissional de uma categoria, em que as distorções se mascaram."

No Viomundo, o jornalista Luís Carlos Azenha transcreve uma reportagem da Band, apresentada pelo queridíssimo Boris Casoy. A reportagem impressiona pelo conteúdo absurdamente manipulado e de baixo nível, já que menospreza (como de costume) a inteligência do tele espectador (justiça seja feita: isto não é privilégio apenas da Band, ok?) dizendo que o texto do 3º PNDH é uma lei!!!
Um trecho da reportagem, retirado do blog do Azenha, diz assim:

O novo decreto de Direitos Humanos do governo federal é criticado pela sociedade e até mesmo por ministros de estado. A lei estabelece censura aos meios de comunicação, atenta contra o direito de propriedade e ainda liberdade religiosa.

O nível segue descendo e UM (pra que mais, né?) ESPECIALISTA é consultado. O ESPECIALISTA é Ives Gandra Martins, que em um texto para a Gazeta Mercantil (disponível no site acea.org.br) diz que se sente "como modesto advogado, cidadão comum e branco", "discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios" em função das políticas públicas para as minorias. Nas palavras dele, "hoje, tenho eu a impressão de que o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afro-descendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos".
Coitadinho, né? É de cortar o coração... Isso é o que acontece quando aqueles que estão no poder se sentem ameaçados. Então, para a elite, só resta o antigo bordão: Heil Hitler!

Um comentário:

  1. fiquei com pena do "ESPECIALISTA"... hehehe... o Estado não pensa nos brancos ricos... tadinhos! =/

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